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COMENTÁRIOS DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021


Lição 08 – A lei da aliança
Por Gerson Benedito Prado
Sábado, 15 de maio
Introdução
Ao tratar com a humanidade, o SENHOR manifesta alguns de Seus predicados como características morais, de pensamento etc. Dentre os aspectos morais destacados temos fidelidade (Dt 7:9), firmeza e retidão por sempre conduzir os que confiam a caminhos seguros (Sl 23:3), apresentando à toda Sua criação Seus mandamentos (Sl 119:35), nos quais a humanidade encontrará vida, paz, prazer e justiça (Sl 119:172).
Lei é regulamento da vida. É como praticar o dia a dia, em relacionamentos, convivência com o semelhante, com autoridades e sob que base se estabelecem direitos e deveres. Assim, para que a aliança produza os resultados desejados, é necessário que tenha base legal. Mas, qual a lei da aliança?
Nesta semana refletiremos sobre qual a base legal da aliança. Sob que lei ela foi firmada e está composta. Para tanto veremos por que Israel foi eleito como povo de Deus, sob que lei e, se hoje consideramo-nos eleitos de Deus para sermos parte de Sua família, Sua igreja e Seu povo, essa nossa eleição tem semelhanças com a aliança feita com Israel? Que importância pode ser atribuída à Lei tanto na aliança com Israel quanto na nova aliança? Por ter uma lei como base, a aliança é incondicional, impositiva e imposta ao ser humano? E como considerar o livre-arbítrio nesse contexto? Por que a obediência é a parte humana no relacionamento da aliança?
Que o SENHOR da aliança nos dê Seu Espírito Santo para iluminar nossos pensamentos ao desejarmos aprender como nos relacionarmos com mais intensidade e intimidade com Ele e Sua aliança.
Pense: “Justiça é santidade, semelhança com Deus; e ‘Deus é amor’ (1Jo 4:16). É conformidade com a lei de Deus, pois ‘todos os [Seus] mandamentos são justiça (Sl 119:172, ARA); e ‘o amor é o cumprimento da Lei’ (Rm 13:10). Justiça é amor, e o amor é a luz e a vida de Deus. A justiça de Deus se acha personificada em Cristo. Recebemos a justiça recebendo-O” (EGW, MDC, p. 18).

Desafio: Aprender a relação Lei, aliança, eleição e salvação, como Deus a concebeu.

Domingo, 16 de maio
A eleição de Israel
A eleição de Israel como “minha possessão peculiar dentre todos os povos” (Êx 19:5), não se deu por predicados ou méritos que se lhes pudessem ser atribuídos. Nenhum! Não tinham importância e nem peso como nação. Eram “menos em número do que qualquer povo” (Dt 7:7). De origem corrupta, filhos de Jacó, o enganador, resultantes de misturas culturais com canaanitas, moabitas, egípcios e tantos outros, não tinham uma cultura predominante e, por isso mesmo, vacilantes no culto e adoração.
Entretanto o SENHOR os escolheu. Por amor e graça. Graça que sempre permeou as relações de Deus com o ser humano, desde a criação. Para que a graça se espalhasse a todo o mundo, o SENHOR os escolheu. Para uma missão. A missão de representá-Lo diante das nações “e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa” (Êx 19:6). Para tanto, consentiu Deus em que fosse construído um templo, a casa de Deus, para a qual o “reino sacerdotal” deveria atrair todos os povos “porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Is 56:7). E não seria apenas uma atração pela suntuosidade e beleza arquitetônica ou pela liturgia atraente e peculiar, mas para que todos recebessem a oportunidade de conhecerem ao SENHOR e, nesse conhecimento, encontrarem, aceitarem e receberem as boas novas da salvação na mensagem de Cristo morreu por cada um de nós. “Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2:9).
Pense: “É mediante a santificação do Espírito e a crença na verdade que nos tornamos cooperadores de Deus. O SENHOR espera cooperação de Sua igreja. [...] O objeto de toda esta provisão do Céu está diante de nós: as pessoas pelas quais Cristo morreu; e compete-nos lançar mão das promessas dadas por Deus e tornar-nos Seus colaboradores, pois os agentes divinos e humanos devem cooperar nesta obra” (EGW, FEC, p. 189).
Desafio: Como Israel moderno, fazer a luz do evangelho chegar até os confins do mundo.

 

Segunda-feira, 17 de maio
Laços que unem
Estacionados na planície do Jordão, defronte para a terra a ser conquistada, herança dada pelo SENHOR a Abraão, Isaque e Israel, Moisés, líder do povo até então, não entraria na terra prometida. Repete ao povo a “Torah”, as instruções divinas numa série de discursos, destacando a aliança anunciada no Sinai, que tem como pilar os Dez Mandamentos: “Então Ele vos anunciou o Seu pacto, o qual vos ordenou que observásseis, isto é, os Dez Mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra” (Dt 4:13).
O livro de Salmos, canta em riqueza de palavras, os laços que unem a aliança e a salvação aos Dez Mandamentos. Não sendo apenas base de um “acordo” entre partes, mas o fundamento da retomada do relacionamento cujos princípios e valores são amor e graça. Fato comprovado na mensagem dada pelo Provedor da aliança ao destacar que a proposta e providência Dele foi rechaçada e transgredida por todos, ao desobedecê-la (Sl 78:10), e recusarem viver sob seus “preceitos” no caminhar de cada dia (50:16), sendo que eles servem de “testemunhos” do propósito do SENHOR em Sua relação com a humanidade (25:10), e a única parte humana é a obediência aos “mandamentos” do SENHOR (103:18, ARC).
O que os salmistas cantaram já havia sido enriquecido pelo Arquiteto da “Torah”, nos Dez Mandamentos, obedecida pelos oficiantes das atividades sagradas dizendo “guardaram a Tua palavra e observaram o Teu pacto” (Dt 33:9).
E quando propôs “a nova aliança” uniu “as palavras desta aliança” ao juízo para quem não desejasse ouvi-las, porque deveriam ser cumpridas - pois são a Sua Lei, ou permaneceriam “na obstinação do seu coração malvado” resultando em não salvação, isto é, condenação eterna (Jr 11:3, 6, 😎.
Pense: “Torne-se claro que o caminho dos mandamentos de Deus é a vereda da vida. Deus estabeleceu as leis da natureza, mas Suas leis não são arbitrárias exigências. Todo ‘não farás’, seja na lei física, seja na moral, implica uma promessa” (EGW, CBV, p. 114).
Desafio: Cumprir a aliança de Deus para recebermos todas as bençãos que Deus intenciona nos conceder.

 

Terça-feira, 18 de maio
A lei dentro da aliança
Em nossa cultura latina a menção da palavra lei traz à mente imagens de restrição, autoridade, privilégios, burocracias, processos, tribunais... Raramente os conceitos de ordem, estabilidade, igualdade, convivência pacífica ou... amor.
Entretanto, a palavra hebraica “Torah”, traduzida como “lei” na Bíblia, tem o significado amplo de “ensino”, “instrução”, podendo referir-se a um determinado conceito ou a todos os ensinamentos aplicáveis ao povo ou situação, englobando todos os aspectos morais, civis, sociais ou religiosos. É o conjunto de instruções, leis, ensinos que o SENHOR prescreveu para a formação do caráter de Seu povo. É multidisciplinar, abordando ampla e a quase totalidade dos aspectos da vida e do bem-estar físico, mental, moral, social, ético, político e religioso de Israel e do mundo. São conselhos sábios sobre como ter vida abundante. Por isso, o salmista declara que feliz é a pessoa que “tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite” (Sl 1:2).
As regras da aliança e dos Mandamentos são simples. Deus restaura na humanidade a imagem e semelhança do Criador. A humanidade “teme” a Deus, no sentido de respeitar, honrar e privilegiar na adoração, anda segundo Sua “Torah”, servindo-O com dedicação e empenho, guardando e obedecendo Seus Mandamentos e estatutos (Dt 10:12-13). O que é pedido à humanidade visa seu bem, para ter vida em abundância, aqui e na eternidade (Dt 10:13).
Reflexão: Obedecer por esforço próprio é tropeçar e não avançar para a salvação. Só pela fé, através da graça e misericórdia de Deus (Rm 9:32).
Pense: “O Santo deu regulamentos para a guia de todos - a norma de caráter da qual ninguém pode desviar-se e ao mesmo tempo ficar sem culpa. A vontade de Deus deve ser diligente e conscienciosamente estudada, e deve ser dada a ela prioridade em todos os negócios da vida. As leis a que todo ser humano deve obedecer dimanam do coração de amor infinito” (EGW, ME, v. 2, p. 217).
Desafio: Priorizar aprender e cumprir a lei de amor que o SENHOR deu para nossa felicidade.

 

Quarta-feira, 19 de maio
A estabilidade da lei de Deus
Grande benção do relacionamento com Deus é descobrir Sua imutabilidade e fidelidade. Suas Palavras são eternas. Sua Lei permanecerá para sempre. Essa natureza de Deus está na aliança e isso concede à humanidade a certeza da verdade, propósito e cumprimento das promessas da aliança (Ml 3:6). Os seres humanos podem “descansar” na certeza de que tudo que a aliança traz e trará, ainda que possa não parecer, será “boa dádiva e dom perfeito”, porque em Deus “não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1:17).
Assim, aos seres humanos a aliança ter e ser os Dez Mandamentos e a “Torah” é a garantia de que pode confiar na proposta, porque a Lei é o caráter de Deus, e se a Lei é imutável, podemos “fechar” o acordo com o Criador, Remidor, Redentor e Restaurador, e andarmos com Ele pelo resto de nossos dias na Terra e pela eternidade (Am 3:3).
Ellen G. White declara “A lei requer justiça - vida justa, caráter perfeito; e isso o ser humano não tem para oferecer. Não consegue satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à Terra como Homem, viveu vida santa e desenvolveu um caráter perfeito. Essa vida e esse caráter Ele oferece como oferta gratuita a todos quantos queiram recebê-la. Sua vida substitui a dos homens. Assim são perdoados pelos pecados passados graças à benevolência de Deus. Mais do que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano à semelhança do caráter de Deus, produzindo uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais” (EGW, “O Desejado de Todas as Nações, p.762, CPB, Tatuí-SP).
Pense: “Por meio de Jesus, a misericórdia divina foi manifesta aos homens. No entanto, a misericórdia não deixou de lado a justiça. A lei revela os atributos do caráter de Deus, e nem um jota ou til dela podia ser mudado para ir ao encontro do ser humano em seu estado decaído” (EGW, DTN, p. 762).
Desafio: Deus é imutável, aceite e viva a experiência de ser justificado em Crist

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Quinta-feira, 20 de maio
Se...
O “se” não é certeza. Ao contrário, é a incerteza. É a transferência do poder de controle, da resposta. É a transferência da decisão. Como Deus deu a todas a suas criaturas racionais o direito e poder do livre-arbítrio, não poderia tornar incondicional e dogmatizar a resposta à Sua aliança.
Assim, deixou claro que, embora tenha escolhido Abraão, ele teria obrigações que indicariam sua aceitação da aliança, como ordenar “seus filhos e a sua casa” para que eles guardassem “o caminho do Senhor”, praticando “retidão e justiça” (Gn 18:19). Isso garantiria que a descendência de Abraão se tornaria em benção para “todas as nações da terra”, como declarou o SENHOR “Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gn 26:4-5).
A mesma promessa foi feita ao povo israelita no Sina “se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto” se tornariam um reflexo da misericórdia do SENHOR diante de todos os povos (Êx 19:5), guardando os Mandamento, cumprindo-os e andando neles em todos os momentos de suas vidas (Lv 26:3), como seu ancestral Abraão (Gn 26:5).
Reflexão: Qual o resultado Deus se compromete a realizar? “para que vivais e bem vos suceda, e prolongueis os vossos dias na terra que haveis de possuir” (Dt 5:33).
Pense: “Deus deseja que alcancemos a norma de perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele nos convida a fazer nossa escolha ao lado do que é correto, para nos ligarmos com os instrumentos celestes, adotarmos princípios que hão de restaurar em nós a imagem divina. Na palavra escrita e no grande livro da natureza, Ele revelou os princípios da vida. É nossa obra obter conhecimento desses princípios e, pela obediência, cooperar com Ele na restauração da saúde do corpo bem como da alma” (EGW, CBV, p. 114).
Desafio: Não conceder espaço para o “Se”. Decidir ouvir, cumprir e